As empresas de mídia vêm experimentando uma fase difícil como modelo de negócios. Com a internet à disposição, as empresas passaram a criar elas próprias seus conteúdos. Com isso, reduziram o investimento em publicidade, afetando diretamente as empresas de mídia, como descreve o livro Marketing de Conteúdo Épico, do americano Joe Pulizzi.
Mas não se engane: a crise no jornalismo tem relação com o modelo de negócios de TVs, rádios, jornais, revistas e sites noticiosos. O Portal Comunique-se, que pertence ao mesmo grupo empresarial do DINO e tem um portal dedicado à cobertura do jornalismo, registra cotidianamente essa má fase.
Só em 2018 foram noticiados casos como:
Todos esses acontecimentos não têm, no entanto, relação com a capacidade de produzir conteúdo.
Em outras palavras, o que os jornalistas aprenderam na condição de produtores de conteúdo pode — e deve — ser aproveitado.
O bom jornalismo historicamente apoiou sua produção de conteúdo em pilares testados e aprovados pelo menos desde a década de 1960, quando chegou às redações brasileiras o conceito da Pirâmide Invertida. Três elementos se destacam:
Para textos que não são factuais, como um blog post explicativo, por exemplo, há outras artimanhas úteis. A técnica das três perguntas é uma delas. Consiste em responder “o quê?”, “por quê?” e “e daí?”, nesta ordem.
As empresas que se aventuram a produzir conteúdo devem conhecer e absorver boas práticas de produção de conteúdo que funcionaram para empresas de mídia no passado. Essencialmente, as técnicas visam a garantir objetividade, credibilidade e profundidade.