4 elementos fundamentais da escrita persuasiva

Por DINO 1 de junho de 2022
4 elementos fundamentais da escrita persuasiva

Entenda porque é tão importante dar atenção à escrita persuasiva e como ela impacta na imagem que a empresa deseja passar ao seu público

A escrita persuasiva atualmente é indispensável no ambiente corporativo em todos âmbitos: desde uma apresentação mais complexa até uma mensagem no WhatsApp. Isso se deve ao fato de que, se comunicar com alguém por meio de texto, diz respeito ao desejo de uma reação ou tomada de decisão. Desse modo, é necessário escolher muito bem as palavras e o modo com que elas vão ser trabalhadas para atingir os objetivos desejados.

Profissionais de marketing, vendedores, publicitários e redatores não abrem mão do copywriting em seus canais de comunicação e o encaram como essencial para aumentar a conversão de clientes potenciais. O copywriting, de forma resumida, é como a escrita persuasiva é popularmente chamada hoje em dia. 

É  uma estratégia utilizada por meio da escrita para convencer o leitor a realizar alguma ação e é amplamente eficaz para gerar mais autoridade sobre algum conteúdo, aumentar o engajamento nas redes sociais, incentivar consumidores a conhecer algum produto ou a baixar algum material e a converter leads qualificados em clientes.

Origem da persuasão

A questão da persuasão já é discutida e aplicada há muitos anos atrás, não se resumindo apenas à escrita. A Retórica Antiga de Aristóteles, por exemplo, dizia respeito ao modo com que o locutor enunciava a fim de convencer seu auditório, utilizando, para isso, as palavras e expressões de acordo com o que o público desejava ouvir. Neste caso, a persuasão era vista exclusivamente como intencional e planejada.

Contudo, novos estudos de Linguística, mais especificamente de Maingueneau (1989), estudioso da Análise do Discurso de linha francesa, afirmam que essa preocupação somente psicológica e voluntária deve ser abandonada e que devemos sempre levar em consideração o ethos de cada discurso. Isto é, levar em consideração o contexto completo da mensagem, pois o escritor enuncia de acordo com o que é determinado por uma certa formação discursiva.

Maingueneau  (1989) afirma que  o  discurso  não  se  separa  de  seu  grupo  social,  ele  não  é  dissociável  do  exterior  que  o  compõe.  Segundo o autor, texto e contexto não são fatores distintos,  sendo  o  texto  constituinte  da  parte  “interna”  do  discurso e o contexto da parte “externa”, tudo é prática.

Aplicando a escrita persuasiva

Dessa forma, ao pensar em escrita persuasiva, o escritor deve ter em mente seu propósito e, também, todo o contexto inserido na comunicação em questão: público, meio, fatores sociais e ideológicos, etc. Não basta querer convencer (já que as pessoas tendem a não gostar de serem convencidas), a mensagem tem que envolver e causar identificação no leitor. 

Dois ótimos exemplos de escrita persuasiva, que levam em consideração o discurso como um todo e causam empatia de forma natural são:

1- Nike

A Nike trabalha sua comunicação nas redes sociais por meio de storytelling, isto é, por intermédio  de histórias inspiradoras de atletas e de sua trajetória até o sucesso. Por atuarem com um público focado em esportes e superação de desafios, esse estilo de escrita persuasiva se encaixa perfeitamente no contexto em questão, voltado para motivação e resultados.

2- Trello

O Trello, enquanto ferramenta de organização, trabalha sua comunicação de forma objetiva e clara, o que condiz exatamente com o que o seu público busca. Dessa forma, a escrita persuasiva neste caso é voltada sempre para a ideia de praticidade e organização que a ferramenta pode oferecer, tanto para uso individual quanto coletivo.

escrita persuasiva

O modelo AIDA foi criado nos Estados Unidos em 1899, por Elmo Lewis, e consiste em uma estratégia de 4 elementos para ajudar escritores e cumprirem todos os requisitos de um bom copywriting:

  • Atenção (Attention)
  • Interesse (Interest)
  • Desejo (Desire)
  • Ação (Action)

Atenção

A ideia é apresentar sua marca ou produto, despertar a curiosidade e criar identificação por meio de situações comparativas.

Interesse

Consiste em amadurecer a ideia do leitor por meio de soluções diferenciadas que você pode proporcionar. 

Desejo

Nesse passo o leitor já entendeu que a sua solução vai resolver a dor que ele tem atualmente. O objetivo agora é potencializar o desejo pelo seu produto e por adquiri-lo com a sua empresa.

Ação

Diz respeito a dar aquele “empurrãozinho” com a famosa CTA (call to action). Aqui uma ótima maneira de finalizar é oferecendo alguma condição especial, um brinde, um teste gratuito ou até um gatilho de escassez: “só até hoje às 23h59”; “só restam mais 5 unidades”.

Conclusão

Levar em consideração o contexto do público-alvo, bem como seus motivos de interesse em determinado produto ou serviço, pode fazer toda a diferença no processo de persuasão como um todo. Isso acontece principalmente na escrita persuasiva, já que causa uma sensação de coerência e pertencimento ao leitor, que se enxerga inserido em uma determinada situação e, consequentemente, enxerga mais sentido em contratar o que a empresa está oferecendo. 

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