Gerenciamento de crise

Por DINO 20 de fevereiro de 2017
Gerenciamento de crise

“Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima”, já dizia o lema do sambinha antigo. Essa deve ser a máxima para empreendedores e assessores de imprensa que “caem” e que por vezes simplesmente não sabem como reagir. Saber se reerguer, apesar de tudo, e mais do que isso, conseguir tirar proveito de uma situação de crise sempre será o diferencial dos profissionais que visam pela excelência na comunicação.

Nas palavras do professor e jornalista João José Forni, “nenhuma empresa, por mais sólida, admirada e moderna que seja, está imune à crise.” É verdade. Seja você empreendedor ou assessor de imprensa, esteja muito empenhado em fazer uma comunicação de excelência, ou nem tanto, a crise é uma visita indelicada, dessas que entram na casa da gente sem avisar e desobedecem o pedido sem jeito “não repare na bagunça”. Naturalmente, a gente diz: não sabia que você vinha. Se soubesse, teria arrumado a casa direito, feito bolo e passado café. Que saia justa! A crise, do mesmo modo, surpreende a nossa empresa sem aviso. Como reagir em uma hora dessas?

1) O que é?

Crise é um substantivo feminino, e por definição significa o momento que define a evolução de uma doença (para melhor ou pior). No mundo corporativo, pode significar uma alteração repentina e significativa no andamento de qualquer coisa. Para melhor, ou pior: como a evolução de uma doença, exatamente, a qual se pode combater com medicamentos e com todos os meios, ou ainda escolher a rendição total e fatal, que levará à destruição inevitável. O que você escolhe?

 
dino divulgador de notícias

2) Como a crise se instala?

Sim, ela já passou pelo portão, que rangeu, atravessou o jardim e subiu o degrau. Chamou o seu nome enquanto empurrava a porta de entrada da casa, sem bater. Instalou-se no centro da sala, avaliativa. “Por favor, não repare na bagunça”, você diz, mas não adianta pedir. A crise está instalada no centro da sua casa.

Em nossa empresa, todos os dias, batalhamos duro. Como em toda casa, passamos os nossos dias com nossos colaboradores envolvidos em muito trabalho, mas também com muita alegria. Gostamos de nossas empresas, acreditamos nela e queremos que ela prospere.

A grande sacada é compreender que, por mais que nos esforcemos, haverá fragilidades em nossa organização, e que estas poderão ser visitadas inesperadamente pela crise; essencial é não perder o jogo de cintura e receber o inesperado de braços abertos e com o desejo sincero de demonstrar o que afinal temos de melhor.

3) Como reagir?

Perfeitamente instalada em sua sala de estar, a crise observa analiticamente alguma eventual desordem. Você sabe: ela está pronta para sair e “botar a boca no trombone”. Você está acuado, assustado, mas não deve se sentir assim. Você está em casa, e “ela”, é a visitante.

Mostre pra crise quem manda.

a) Não se cale.

Em primeiro lugar, seja honesto: converse a respeito do que ocorreu de errado, aproveitando também para se desculpar por qualquer inconveniente e para, com pró-atividade, explicar tudo o que será feito para corrigir o erro.

No ambiente corporativo, é imprescindível que todos estejam comprometidos com uma comunicação que transmita credibilidade e transparência em sua relação com jornalistas e público em geral.

A crise não é momento para uma empresa se “fechar”. Pelo contrário: é nesta hora em que o empreendedor ou o assessor de imprensa deverá iniciar o diálogo com a mídia, se servindo de todos os meios disponíveis, tais como: comunicados à imprensa, envio de press releases e coletivas de imprensa.

Com a popularização do acesso ao ambiente das redes sociais digitais, também é fundamental que a sua empresa esteja acessível ao público inclusive por estes meios alternativos de interação, convidando sempre para o diálogo objetivo e respeitoso.

Muito bem! Você tomou a iniciativa e abriu o assunto. Perceba que se posicionando assim, você está no comando da situação, trabalhando para virar o jogo. Agora, rapidamente empreenda a segunda parte do plano:

b) Mostre para a crise o que você tem de melhor.

Agora que toda a questão está esclarecida e que o assunto já não é tabu, tudo aberto e discutido, é hora de tirar a visita da sala.

Leve a crise para passear pela casa. Apresente-a aos melhores ambientes, demonstre com naturalidade o que você tem de melhor, do que você se orgulha de fazer bem feito. Este é um excelente meio de “humanização”, que as melhores organizações do mundo tanto se esforçam para alcançar.

Após uma situação de crise, é fundamental que a sua empresa vire notícia na mídia por tudo de bom que ela representa para os seus colaboradas, para comunidade onde está envolvida, assim como para o segmento com o qual atua, a forma como se relaciona com os temas pontuais da sociedade, com o meio ambiente, com o público em geral.

Fazendo isso, você não apenas estará humanizando a sua organização e causando verdadeira empatia com a sociedade como estará, literalmente, “levantando, sacudindo a poeira, dando a volta por cima”.

Neste momento será fundamental para você, empreendedor ou assessor de imprensa trabalhar ativamente para virar notícia em grandes veículos de comunicação, que atinjam toda a sociedade, por uma viés positiva. Este passo pode não ser tão simples de dar, considerando que “notícia ruim” se espalha muito mais facilmente do que boas informações. Contudo, não desanime!

Se desejar, você pode contar com o Dino – Divulgador de Notícias.

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