Incertezas e transformações. Estas têm sido as duas frases que certamente os jornalistas enfrentam nos dias de hoje. De um lado as incertezas sobre os rumos da profissão diante de crise econômica e mercado, cortes e redações cada vez mais enxutas, desvalorização da mídia e tantos outros fatores; do outro lado as transformações: adaptação da imprensa à tecnologia – internet, mudança do comportamento do consumidor de notícia, entre outros.
Diante deste cenário vem a questão: qual é então o caminho a seguir para os novos profissionais de jornalismo, uma vez que o espaço nas redações estão cada vez mais reduzidos e o futuro da profissão é incerto? É hora de empreender.
Utilizar todo o seu conhecimento teórico adquirido na universidade, a experiência das empresas que atuou e toda a bagagem construída ao longo do tempo para identificar outras oportunidades que atendam necessidades de clientes e driblam qualquer crise.
O empreendedorismo deu uma nova chance aos jornalistas. Os profissionais estão fazendo a coisa certa ao enveredar por um caminho que parece o mais certo para quem, no início da faculdade, sonhou em trabalhar em um prestigiado jornal imprenso ou em uma grande emissora de TV, até o momento em que a crise bateu, o mercado balançou e o “romantismo do jornalismo” já não existe mais, pois ou você está à procura de um emprego, ou está empregado e com medo do que virá pela frente.
Atire a primeira pauta quem, ainda nos bancos das universidades, negou e criticou trabalhar em assessoria de imprensa. São muitos! Pois é! A bola da vez agora é do assessor de imprensa, que mesmo com o cenário de crise, soube erguer um negócio e levar adiante um modelo de comunicação que só cresce no mercado.
É difícil pensar que, mesmo em momentos de instabilidade econômica, uma empresa que forneça serviços de comunicação estratégica e imprensa, terá perda de clientes e queda em rendimentos. Pelo contrário, a comunicação é necessária para qualquer instituição que preze pela imagem e relação com consumidor. Sendo assim, o jornalista que optou atuar com AI (Assessoria de Imprensa), que empreendeu e formou uma equipe para assessorar outras empresas (em crise ou não), de fato não deixou a amarga situação econômica e de mercado intimidar.
Mas também não é só de AI que vive o jornalismo. Há outros bons exemplos para citar de jornalistas que decidiram trocar a rotina corrida das grandes redações para investir em seu próprio negócio. É o caso da jornalista Rosana Jatobá, que trabalhou na TV Bandeirantes e TV Globo e depois investiu em um portal intitulado Universo Jatobá, que aborda temas como bem-estar, sustentabilidade e maternidade.
Mas calma? Não vai jogar tudo para o alto e sair por aí investindo de uma hora pra outra. Faça um bom planejamento que consista, antes de tudo, identificar uma oportunidade para depois fazer uma pesquisa mercadológica e encontrar um público-alvo. Faça cursos relacionados ao seu segmento como, por exemplo, o curso do Senac de “Jornalismo Empreendedor”, curso de administração e marketing, etc. Não basta apenas querer criar um empresa de comunicação; é preciso também saber como administrá-la e como captar o público com estratégias de marketing.
Identifique a oportunidade: se mesmo com estes exemplos de colegas de profissão você se sente inseguro para empreender, prepare-se antes.