Enviar periodicamente newsletter por email é uma forma clássica e ainda muito eficiente de distribuição do conteúdo.
No início da década de 2010, acreditou-se que as redes sociais poderiam substituir as newsletters e o próprio uso do email. Afinal, o público parecia estar mais atento a Facebook e Instagram do que às suas contas de email. Esta era, no entanto, uma mera teoria que não se confirmou.
Na prática, o alcance orgânico do Facebook vem despencando ano após ano. Em 2012, 16 em cada dez pessoas viam, em média, o post publicado por uma marca sem que ela pagasse para aumentar a visibilidade. Hoje, essa taxa não chega a 1%.
Um dos principais repositórios de dados estatísticos do mundo, o Statista registra que hoje há 3,8 bilhões de usuários de emails no mundo. E projeta crescimento para 4,3 bi em 2022.
Atualmente, 269 bilhões de emails são enviados diariamente. As pessoas checam suas caixas de entrada o tempo todo. Por exemplo, 42% o fazem até quando vão ao banheiro. E 50%, quando estão deitadas na cama. Um levantamento feito em 2017 pelo Marketing Profs, um dos mais relevantes sites especializados em marketing digital dos Estados Unidos, concluiu que 74% dos executivos americanos verificam seus emails antes mesmo de chegarem ao escritório.
Se há muitos emails sendo enviados, a concorrência pela atenção do público é grande. Segundo o City A.M., uma pessoa recebe, em média, 121 e-mails por dia. Não por acaso, serviços como o Gmail aprimoram continuamente a forma de o usuário organizar as mensagens, separando-as automaticamente por ordem de importância e finalidade — como promoções, atualizações, alertas de redes sociais etc.
Para que sua newsletter seja eficiente, você precisa dar atenção a dois pontos críticos: conteúdo e disparo.
Antes de escrever uma linha de sua newsletter, defina o objetivo dela. Normalmente, as empresas buscam:
Por isso, três elementos são importantes dentro do conteúdo.
O primeiro é o assunto. Segundo a Inc. Magazine, uma pessoa leva apenas dois segundos para decidir se vai abrir um email ou descartá-lo como lixo ou mesmo como spam. Nesse curto intervalo, as decisões são motivadas por aspectos como:
Por isso, o assunto precisa ser objetivo, indo direto ao ponto, pois esta é a única chance de o seu email ser aberto. O site Chamai Leon reforça essa orientação:
“Ótimas newsletters começam com um ótimo assunto. Recebemos tantos emails todo dia que eles nos oprimem. Por isso, ignoramos os que não são importantes.”
O segundo elemento é o call to action (CTA) — ou “chamado para a ação”, em português. É aquilo que você deseja que o leitor faça. Em newsletters, em quase 100% dos casos os CTAs são links ou botões no estilo “saiba mais”, “leia mais” ou “assista agora”. Assim, o leitor visita um site, inscreve-se num evento, baixa um material ou toma qualquer outra atitude que você deseja.
O site da AME (Author Marketing Experts) recomenda que uma newsletter tenha poucos calls to action.
“Quanto menos, melhor. O importante é conduzir seu leitor a fazer alguma coisa.”
O terceiro elemento do conteúdo é o layout. Normalmente, são feitas duas versões: em HTML e apenas texto — para o caso de o serviço de email do usuário não conseguir carregar HTML, o que é raro hoje.
Mais importante ainda é o design ser responsivo — ou seja, abrir perfeitamente em smartphones e tablets. Segundo o Media Post, a maioria das aberturas de emails acontece em dispositivos móveis, e não mais em desktops.
O blog do Chamai Leon elencou as seguintes dicas para a criação de uma newsletter consistente.
As dicas da AME se baseiam num infográfico que o Hootdesign publicou no Pinterest — e que vale a pena ser visto.
O disparo da newsletter começa pela qualidade do mailing. Sua base de cadastros precisa ser organizada. O site Style Factory recomenda organizar seu mailing de forma simplificada:
“Uma boa ideia é consolidar todos os seus arquivos em apenas um, que seja limpo e organizado. Faça isso antes de mandar newsletters para seus contatos”.
Se a sua base tiver ficado inativa por muito tempo, convém higienizá-la usando ferramentas próprias para isso, como o Bulk Email Checker ou similar. Esse tipo de ferramenta testa cada um dos emails de sua lista antes de ser feito o disparo. E elimina endereços que não existem mais.
Uma vez que a lista esteja consolidada, será necessário escolher uma ferramenta adequada para fazer o disparo. Existem muitas no mercado. O site M Opinion fez um review apontando as melhores — na opinião do próprio site. Todos são pagos, mas alguns têm pacotes gratuitos para uso limitado. Os dez primeiros da lista são:
Não há uma regra definitiva para a frequência do disparo de newsletters. Algumas empresas fazem diariamente, outras semanalmente ou mensalmente. A AME (Author Marketing Experts) explica o raciocínio que norteia essa decisão:
“A regra geral é que, quanto mais frequente for a newsletter, mais curta ela deve ser. Portanto, se sua newsletter sair semanalmente, considere oferecer pequenas atualizações. Mas se sair mensalmente, pode ser mais longa. Quando se trata de eficiência, pense na velha máxima do marketing: ‘menos é mais’.”
As taxas de abertura de email variam muito de indústria para indústria. Segundo um levantamento da Constant Contact com seus usuários, as médias globais são as seguintes:
Para obter melhores resultados, é altamente recomendável usar o teste A/B, recurso antigo de ferramentas de email que testam numa pequena amostra duas opções de assunto, remetente ou outra variável qualquer. Então, o email é disparado para o restante do mailing com a opção de melhor desempenho.
Diferentemente do que se pode imaginar, email ainda é uma das mais eficientes formas de comunicação de uma empresa com seu público. Por isso, a newsletter é uma opção muito válida.
Para que a newsletter tenha eficiência, é preciso dar especial atenção a dois aspectos: conteúdo — o que inclui design responsivo — e disparo por uma boa ferramenta para um mailing bem trabalhado.