Deixamos de ser focas quando nos formamos e conquistamos o nosso primeiro espaço no mercado de trabalho. Ou pelo menos devemos deixar de ser. Neste ambiente não há cem por cento de espaço para experimentos. É momento de executar; colocar em prática tudo que aprendemos. Sobretudo a ética da profissão.
Nesse mercado gigantesco da comunicação, buscamos o jornalismo de essência por dois caminhos: um espaço na redação de um grande veículo ou de uma assessoria de imprensa. Em ambos, e até mesmo nos diversos segmentos do nosso mercado, é fundamental relembrar da figura do foca e não esquecer sua definição e o que representou para nós.
O meio tem passado por inúmeras transformações que vão de cortes – seja lá qual for a empresa e seu segmento, até mesmo e, infelizmente, à desvalorização da profissão. E acredite: neste caso, parte é devido ao comportamento do próprio profissional, ou seja, o de não levar a sério pequenos detalhes da atividade que influenciam, de modo negativo, os nossos resultados de cada dia.
E, é exatamente neste ponto que eu queria chegar. O de abandono, ou seja, a produção feita de qualquer jeito, às vezes sem preparo, outras vezes de propósito, algumas na correria, que cresce a cada dia e prejudica o meio, o profissional – e ele às vezes não enxerga isso. O romantismo do jornalismo não precisa acabar. Aliás, a relação profissional – profissão é algo íntimo e cada um tem a sua. Ignore os comentários e previsões desanimadoras. Anime-se e junte-se a quem quer o fortalecimento, o brilho e o respeito da profissão – hoje colocado em questão por diversas razões.
Precisamos, nós profissionais do jornalismo, deixar um pouco de lado o processo “industrial” da profissão e agir com mais naturalidade, tratando nossas atividades menos automática. Isso evita erros e interpretações equivocadas sobre resultados obtidos.
Se eu sou um assessor de imprensa, vou valorizar o meu texto; ler, reler e revisar quantas vezes for necessário em respeito ao meu cliente e seu público, que irá consumir essa informação; vou agir com mais respeito ao jornalista que receberá minha sugestão de pauta; ter paciência e transmiti-la ao meu cliente assessorado. Agora, se eu for um jornalista de uma redação, estarei mais atendo às notícias que vou publicar – na maioria das vezes as sugestões de pautas dos colegas assessores, que valorizaram seu material e, que no fim, facilitou o meu trabalho. Para ambos, procurar sempre estar atualizado consumindo materiais didáticos, informações que acontece no mundo etc.
Detalhes e posturas como as mencionadas acima podem tornar o processo da atividade jornalística mais fácil, agradável e com resultados mais positivos para todos os lados, sem contar no aperfeiçoamento e de ter novamente o respeito da profissão, tornando possível uma evolução mais saudável da área.