Como respeitar a identidade de gênero da população transexual? Como falar de racismo sem ser racista? É possível tratar da questão de gênero sem inferiorizar mulheres? Há como retratar homossexuais sem apelar para um ou dos estereótipos? Para todas essas perguntas, a resposta é simples: sim. Porém, tratando-se de uma nação que ainda passa por processos de esclarecimento sobre si mesma e toda a diversidade cultural, política e social que a sustenta, muito trabalho precisa ser feito até que a comunicação possa ser mais “humanizada”. Trabalho este que a ONG feminista Think Olga pegou para si e decidiu fazer sua contribuição criando um guia – ou manual – do “Jornalismo Humanizado”.
Respeito é matéria-prima
Lançado no dia 30 de maio, o material servirá de consulta para comunicadores em geral, desde jornalistas e blogueiros até redatores, vloggers, youtubers etc. Serão quatro partes com recortes específicos – porém, todos combatendo preconceitos diversos. A primeira temática foi violência contra a mulher, englobando estupro, agressão psicológica e femicídio. Os demais capítulos (total de 4) tratarão de transfobia, racismo – com recorte de gênero – e estereótipos nocivos.
Os informativos explicam quais termos devem ser usados no textos, como não constranger entrevistados durante reportagens, evitar eufemismos e “romantismo” para tratar de crimes contra minorias sociais, evitar a reprodução de preconceitos e equívocos além de promover maior esclarecimento para leitores que não estão habituados às temáticas apresentadas.
Para ter acesso à primeira parte do manual, basta acessar este link e conferir o projeto da Think Olga.