Pesquisa mapeia impactos da Covid-19 no mercado de comunicação

Por DINO 9 de junho de 2020
Pesquisa mapeia impactos da Covid-19 no mercado de comunicação

No mês de junho, o Grupo Comunique-se (conjunto de empresas com soluções tecnológicas para comunicação), em parceria com o DINO, lançou os resultados de sua pesquisa “Impactos da Covid-19 na Comunicação Corporativa”.

O levantamento, que reúne informações sobre o cenário atual no mercado de comunicação no país, foi divulgado no início do mês, durante webinar realizado pelo Grupo Comunique-se, DINO e Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), com convidados especiais:

  • Kiki Moretti – CEO e fundadora do Grupo In Press.
  • Carlos Henrique Carvalho – Presidente Executivo da Abracom.
  • Marco Piquini – CEO e Fundador da Piquini Comunicação Estratégica.
  • Tânia Magalhães – Diretora de Comunicação da PayPal para América Latina.

O evento online contou com mais de 2 mil espectadores. Caso não tenha conseguido assistir, confira no vídeo abaixo:

Resumo da pesquisa sobre os Impactos da Covid-19 na Comunicação Corporativa

Para a elaboração do estudo foi realizado um questionário online com mais de 400 profissionais de comunicação, sendo que 37% atuam internamente em empresas e 47% atuam em agências de comunicação.

Perfil dos respondentes

A maior parte das agências que participaram da pesquisa é de pequeno porte.

  • 43,6% possuem até 5 funcionários.
  • 24% possuem de 11 a 30 funcionários.
  • 20,1% possuem de 6 a 10 funcionários.
  • 7,3% possuem de 31 a 100 funcionários.
  • 5% possuem mais de 100 funcionários.
dino divulgador de notícias

Nível hierárquico

  • 43,9% se declararam donos.
  • 21,7% se declararam analistas.
  • 13% se declararam coordenadores.
  • 11,6% se declararam gerentes.
  • 6,8% se declararam diretores.
  • 2,1% se declararam supervisores.

Perda de faturamento: uma realidade no mercado de comunicação

Assim como diversos setores foram afetados com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a comunicação sofreu grandes impactos. 83,3% dos participantes da pesquisa alegaram que suas empresas sofreram perda de faturamento. E, infelizmente, quanto menor a empresa, maior é a redução no faturamento.

Entre as razões para a perda de receita, 74% dos respondentes que trabalham em agências alegaram que o motivo foi devido à queda de faturamento por parte dos clientes. Ou seja, vemos no setor de comunicação um reflexo direto dos impactos gerados pela crise nos demais setores.

Estratégias para reduzir os prejuízos no setor de comunicação

Apesar do cenário difícil, manter bons profissionais tem sido uma prioridade no mercado de comunicação, visto que 75,3% dos respondentes alegaram que não houve demissões em sua agência ou setor de comunicação.

Como alternativa para redução de gastos, as principais medidas adotadas são os incentivos governamentais, como:

  • Redução da jornada de trabalho (36,45%).
  • Postergação do imposto SIMPLES nacional (35,51%).
  • Antecipação de férias (23,36%).
  • Financiamento de salários de pequenas e médias empresas (3,74%).
  • Suspensão do pagamento de FGTS (0,93%).

Outra medida amplamente realizada para redução de prejuízos através da retenção de clientes é a aplicação de desconto. Em média, o valor oferecido é de 27% de desconto em contratos.

Oportunidades na crise

Como visto até aqui, é preciso ter criatividade, pensamento estratégico e sair da zona de conforto para manter um negócio sustentável, mesmo na crise. Com isso em mente, entre os principais insights da pesquisa estão os serviços de comunicação mais demandados neste período, destacados abaixo:

  • Produção de conteúdo (22,39%), mídias sociais (22,12%) e assessoria de imprensa (18,05%) são os serviços com mais demanda em agências de comunicação.
  • Mídias sociais (24,14%), produção de conteúdo (18,87%) e e-mail marketing (17,06%) são os serviços com mais demanda em departamentos de comunicação.

Por fim, não poderíamos deixar de falar do home office, a modalidade de trabalho que está mantendo muitos negócios funcionando, mesmo à distância.

Quando perguntamos sobre a percepção da produtividade no home office, 30,9% dos respondentes afirmou que houve melhora, 55,3% afirmou que não notou diferença, e apenas 13,8% afirmou que houve perda, sendo principalmente notada em departamentos de comunicação.

Feita esta análise inicial, quando perguntamos sobre a perspectiva de trabalho remoto para o futuro, 41,8% afirmou que manterá o mesmo escritório e implementará o home office pontual, 38,2% afirmou que mudará para um escritório menor e fará home office parcial, e 20,1% afirmou que desativará o ambiente físico, migrando para o home office integral.

Aqui vemos o início do movimento migratório para o regime de home office, que tem uma ação mais expressiva nas agências de comunicação. Possivelmente este fato tem ligação com a rotina das agências, que tradicionalmente já aplica o home office como parte do trabalho.

O levantamento completo traz, ainda, informações sobre:

  • Distribuição geográfica;
  • Outros motivos para a perda de faturamento;
  • Ações para reversão de pedidos de cancelamento;
  • Demissões por tamanho de empresa;
  • Serviços com menos demandas;
  • Casos de sucesso na comunicação durante a pandemia.

A pesquisa completa está disponível gratuitamente para download neste link.

Conclusão

O Grupo Comunique-se e o DINO lançaram os resultados de sua pesquisa “Impactos da Covid-19 na Comunicação Corporativa”. O levantamento, que mapeou o cenário do mercado de comunicação, tem contribuição fundamental para a redução de prejuízos e melhoria dos serviços prestados por estes profissionais com dados, estatísticas e números relevantes.

Assessoria de Imprensa Jornalismo Marketing