Como os robôs bons e maus podem afetar o seu conteúdo

Por DINO 31 de outubro de 2019
Como os robôs bons e maus podem afetar o seu conteúdo

Os robôs são responsáveis por metade do tráfego da web. O número é assustador e pode impactar em certa medida o número de visitantes que você vê no seu Google Analytics.

Um artigo da revista americana Forbes, publicado nesta semana, trouxe não apenas estes dados mas também uma relação dos tipos de robôs — ou bots, na nomenclatura em inglês adotada mundialmente. Alguns são benéficos para as empresas, uma vez que as ajudam em suas operações. Mas outros nem tanto justamente porque podem mascarar números e confundir as pessoas.

Vamos entender cada um deles, divididos em duas categorias.

A primeira é a dos robôs bons:

  • Crawlers / Spiders, como Googlebot, Yandex e Bingbot. São usados ​​por mecanismos de pesquisa e serviços online para descobrir e indexar o conteúdo de sites, facilitando a localização de usuários da internet.
  • Traders, como os de negociação de Bitcoin. São usados ​​pelas empresas de e-commerce para agir como se fossem seres humanos, interagindo com sistemas externos para realizar uma transação específica, transferindo dados de uma plataforma para outra. Com base em critérios de preços, eles pesquisam as melhores ofertas, executam compras ou vendas automaticamente. Não é por acaso que se chamam “traders”.
  • Robôs de Monitoramento, como Pingdom e Keynote. Monitoram o sistema de saúde do site, avaliando sua acessibilidade, relatando os tempos de carregamento da página e a duração do tempo de inatividade. Ou seja, mantêm um sistema saudável e responsivo.
  • Feedfetcher, como bots do Pinterest e do Twitter. São robôs informativos, que coletam informações de sites diferentes para manter os usuários ou atualizados sobre notícias, eventos ou artigos de blogs. Abrangem diferentes formas de busca de conteúdo, desde a atualização das condições climáticas até o controle de comentários ofensivos nas salas de bate-papo.
  • Chat bots, como Messenger, Slack e Xiaoice. É um serviço que permite interagir com os usuários por meio de uma interface de bate-papo em diversas situações, desde atendimento a cliente até diversão.
 
dino divulgador de notícias

A segunda categoria é a dos robôs maus:

  • Impersonators são projetados para imitar o comportamento humano com o intuito de ignorar a segurança e seguir comandos externos. Isto serve para roubar ou derrubar um site. Esta categoria também inclui robôs de propaganda usados ​​por governos que querem manipular a opinião pública.
  • Scrapers são usados para roubar conteúdo original e informações relevantes. Quase sempre, o objetivo é repassar o conteúdo a outros sites. Os scrapers podem fazer engenharia reversa de preços, catálogos de produtos e modelos de negócios. Podem, ainda, roubar listas de clientes e endereços de email para fins de SPAM.
  • Spammers publicam links de phishing e conteúdo promocional de baixa qualidade para atrair visitantes para fora do site e, assim, direcionar tráfego para o site do spammer. Geralmente, usam técnicas de SEO de malware ou black hat que podem levar à lista negra do site infectado. Um tipo específico de spammer é a atualização automática de bots, que gera tráfego falso.
  • Click / Download Bots interagem ou clicam intencionalmente em anúncios baseados em desempenho — ou seja, aqueles em que os anunciantes pagam cada vez que um usuário clica nele. Com isso, o anunciante é obrigado a pagar caro para o Google, Facebook ou outra plataforma onde está anunciando. Portanto, normalmente o robô é usado por quem tem interesse em prejudicar o anunciante.

Batalha

Steve Andriole, autor do artigo, explica, ainda que existe uma certa batalha entre robôs. Os maus se multiplicam num ritmo mais acelerado que os bons, o que tem sido facilmente percebido por qualquer pessoa. Basta observar a propagação de fake news no campo político especialmente em redes sociais. Tudo isso tem muito a ver com o uso mal intencionado de robôs.

Não há uma fórmula pronta que sirva como solução para o problema, conclui Andriole no artigo publicado na Forbes. Alguns experts falam em maior regulação, o que pode não resolver um problema de guerra entre robôs. Talvez a esperança seja a de que os bons robôs saiam vencedores.

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